Segundo Zilberman, a literatura infantil é um dos gêneros literários mais recente, surgiu durante o séc. XVIII, época de profundas mudanças na estrutura da sociedade.
Esta tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo status concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola, vincula-se a aspectos particulares da estrutura social urbana de classe média.
A literatura infantil europeia teve seu início em 1967, quando Charles Perrault publicou os célebres contos da Mamãe Gansa, já a literatura infantil brasileira só veio surgir muito tempo depois, quase no séc. XX.
O livro infantil brasileiro, na sua gênese, possui intenção claramente pedagógica, pois são os livros de leitura usados nas escolas, a primeira manifestação consciente da produção de literatura específica para crianças. Por isso “nem sempre será possível estabelecer-se uma separação nítida entre os livros de entretenimento puro e o de leitura para aquisição de conhecimentos e estudo nas escolas, durante o século passado. Percebe-se que a literatura infantil propriamente dita partiu do livro escolar, do livro útil e funcional, de objetivo eminentemente didático.” (ARROYO, 1968, p. 93-94)
Eram utilizados como “pretexto” para ensinar, ou transmitir os valores da classe dominante entre as classes subalternas. Uma vez que os temas predominantes nesta literatura eram:
Nacionalismo:
-Exaltação da natureza;
-Exaltação dos vultos e histórias do Brasil;
-Exaltação da língua;
Intelectualismo, moralismo e religiosidade.